Ex Senador Gerson Camata comemora 70 anos hoje

Na última semana o Prefeito de Marilândia prestou mais uma homenagem ao Ex Senador filho de Marilândia, Gerson Camata, que hoje completa 70 anos de vida. Na ocasião, Geder distribuiu em toda a rede escolar do município e na biblioteca pública de Marilândia exemplares do livro que conta os 40 anos de vida pública do Ex Senador.
O livro “O homem e seu tempo” é uma coletânea de discursos, leis, projetos, frases e momentos de Gerson no período que esteve no governo. Uma merecida homenagem a esse político, neto de imigrantes italianos, primogênito de nove irmãos, que herdou o espírito inquieto e o temperamento empreendedor.
A paixão pela política vem de família, o pai Higino Camata, que fazia transporte de café e cereais entre Marilândia e Vitória, foi eleito vereador em Colatina, pelo extinto PSD, nos anos 50, Higino, terminado o mandato, abriu mão de uma carreira política e voltou a residir em Marilândia. Seu filho mais velho, recém-saído do seminário, foi morar em Colatina. Conseguiu um emprego na emissora local, a Rádio Difusora, mas pouco tempo depois se mudou para Vitória. Na capital capixaba, o primeiro emprego foi como contínuo, na Secretaria de Saúde. O segundo, graças ao qual em pouco tempo se tornaria um profissional bem-sucedido, conhecido em todo o Estado, foi como repórter na Rádio Vitória. Ao mesmo tempo, matriculou-se no curso de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que concluiria em 1969.
 Apresentador do programa Ronda da Cidade (mais tarde seria o primeiro capixaba a apresentar um telejornal local, na TV Vitória), Gerson Camata era um jornalista popular, e não tardou a ser procurado por interessados em atraí-lo para a política. O médico Deomar Bittencourt, organizador da Aliança Renovadora Nacional (Arena) no Espírito Santo, conseguiu convencê-lo, durante uma conversa no Café Capitania, no Centro da Cidade, a candidatar-se a vereador.
Camata sequer compareceu à convenção que definiu os candidatos do partido no Estado, mas mesmo assim foi escolhido. Ele conta que não se preocupou com a candidatura, até o dia em que - cinco meses depois da convenção - se encontrou em Colatina com João Calmon (diretor dos Diários e Emissoras Associados, proprietários da Rádio Vitória), na época candidato a deputado federal, e este lhe ordenou que começasse a fazer campanha, com um argumento definitivo: "Quem se candidata a alguma coisa tem que entrar para ganhar". Foi o segundo mais votado com 912 votos.
Vigorava o Ato Institucional número 5, e Camata, um político de grande popularidade, era visto com desconfiança em seu próprio partido. Os freqüentes atritos com dirigentes da Arena não impediram, contudo, que sua carreira seguisse uma trajetória vitoriosa, Terminado o mandato de vereador, elegeu-se deputado estadual e, em 1974, foi o candidato a deputado federal mais votado do partido.
Candidato à reeleição em 1978, Camata enfrentou a oposição de caciques da política local, que não queriam vê-lo na Câmara dos Deputados por mais quatro anos, e foi novamente o candidato mais votado da Arena. Mas sua insatisfação com o partido era muito grande. Na Câmara, ele passou a participar do chamado "grupo dos renovadores", que defendia a reforma partidária, e, quando esta foi aprovada, abandonou a Arena, transformada em 1980 no Partido Democrático Social (PDS) e ingressou no Partido do Movimento Democrático Brasileiro, o PMDB.
Restabelecidas as eleições diretas para os governos estaduais, o nome de Gerson Camata foi um dos primeiros a ser cogitado por seu novo partido para disputar o cargo no Espírito Santo, em 1982. Vencedor da convenção do PMDB, Camata lançou-se à organização dos diretórios municipais. Recém chegado ao partido, ele não conhecia ainda a estrutura partidária, mas seu trabalho teve êxito. Em 15 de novembro, Camata foi eleito governador do Espírito Santo, juntamente com outros candidatos do PMDB em todo o País, entre os quais Tancredo Neves, em Minas Gerais, Franco Montoro, em São Paulo, e José Richa, no Paraná.
Até deixar o governo para tornar-se senador constituinte, Gerson Camata promoveu uma revolução desenvolvimentista no Estado, abrindo estradas, incentivando a instalação de indústrias e executando planos, políticas e projetos que impulsionaram áreas estratégicas para o progresso do Espírito Santo. O "choque de modernidade" a que a gestão de Camata submeteu o Estado fez dele um dos governadores mais populares da história capixaba. Ate hoje suas realizações são lembradas.
No Senado, onde está desde 1987, Gerson Camata tem se dedicado à defesa dos interesses do Espírito Santo com o mesmo empenho da época em que era governador. É um senador atuante e dinâmico, autor de projetos de grande alcance social e econômico. Em agosto de 2005 foi eleito por unanimidade presidente da Comissão de Educação, uma das mais importantes do Senado.
 
VIDA POLÍTICA
 
Vereador na Câmara Municipal de Vitória/ES (1967).
Deputado Estadual (1971-1975).
Deputado Federal (1975-1979 e 1979-1983). Membro da Comissão de Comunicações e Suplente da Comissão de Relações Exteriores (1975). Vice-Presidente da Comissão de Comunicações e Relator da CPI do Consumidor (1976). Membro da Comissão de Comunicações e Suplente da Comissão de Agricultura e Política Rural (1979).
Governador do Estado do Espírito Santo (1983-1986).
Eleito Senador da República no período de 1987-1995.
Reeleito Senador para o período de 1995-2003 com 521.124 votos (29,89% dos votos válidos).
Reeleito Senador para o período de 2003-2011 com 811.745 votos (27,56% dos votos válidos).
Ocupou a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Infra-Estrutura e dos Transportes do Estado do Espírito Santo – SEDIT (11/05/2006 à 10/11/2006).
 

Publicado em quarta-feira, 29 de junho de 2011

Atualizado em quarta-feira, 29 de junho de 2011

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